No último dia 28 de agosto, o dólar comercial fechou com a terceira maior cotação desde o Plano Real (1994): R$ 4,141. Os outros recordes têm diferenças apenas de casas decimais: a moeda foi a R$ 4,145 em setembro de 2015 e fechou em R$ 4,166 em janeiro de 2016. Para dólares comprados com cartões pré-pagos, com Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) maior, a cotação chegou a R$ 4,52 no início de agosto. Entretanto, apenas dois meses atrás, no começo de junho, era possível comprar o dólar turismo por R$ 3,91. Ou seja, a moeda americana está bastante variável e cara para brasileiros, situação agravada por um cenário eleitoral que não sai da mira dos investidores.
Vale lembrar que estes são valores do mercado financeiro; nas casas de câmbio, que cobram uma porcentagem sobre o valor, o preço do dólar é ainda maior. Diante deste contexto, os turistas brasileiros têm reagido basicamente de duas maneiras: mudando o itinerário e comprando a moeda com antecedência. Agências de turismo têm investido na divulgação de roteiros dentro do próprio país, com pacotes que podem ser parcelados. Países da América Latina também têm ganhado destaque como destino turístico próximo e mais barato.
Já o planejamento é uma importante manobra na hora de economizar. Planejar uma viagem com meses de antecedência é uma maneira de prevenir possíveis contratempos. A prática de “esperar (o dólar) baixar” se mostra ineficaz e pode pesar no bolso – o ideal é planejar todos os gastos dos dias da viagem e comprar a moeda. Outro impacto da alta do dólar no turismo foi quanto à duração do passeio: as viagens tendem a ser mais curtas, com menos dias na viagem. Há ainda os que simplesmente cancelam suas viagens, esperando um momento mais oportuno, pois o medo de se endividar em um cenário instável também cresceu. A Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), porém, minimiza o impacto imediato do câmbio. Agora, é esperar para ver como o brasileiro (e o dólar) vão se comportar nas férias do fim do ano.
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