Hoje é comum ver pessoas marcando um ‘date’ com o ‘crush’ no ‘app’ de seu ‘smartphone’, e os defensores mais apaixonados da pureza do idioma português ficam horrorizados com esse uso excessivo de palavras estrangeiras no dia-a-dia. Mas esse não é o assunto do ‘post’ de hoje.
Palavras estrangeiras do nosso idioma
A verdade é que estamos falando palavras estrangeiras a todo o tempo. Ao longo dos séculos, o idioma português recebeu influências diversas de outros povos, culturas e idiomas.
Dos celtas que habitavam a península antes dos romanos temos palavras como “camisa, lousa, menino, peça”. Dos árabes que ocuparam a península Ibérica depois da queda do Império Romano, herdamos “açougue, açúcar, álcool, cheque”.
E quando os portugueses começaram a sua colonização do Brasil, a língua recebeu muitas outras influências. Das línguas indígenas, vieram as palavras para a flora, fauna, alimentos e lugares da nova terra, “abacaxi, carioca, jacaré, cipó, mandioca, Maracanã”. As línguas africanas também tiveram grande participação, com palavras como “moleque, samba, caçula, berimbau”.
Ainda temos também a influência dos povos europeus e asiáticos que imigraram para o nosso país. Os alemães nos deram “chope, zinco e gás”; os espanhóis, “fanfarrão, guitarra e neblina”; dos franceses, incorporamos “abajur, charme, sutiã”; dos ingleses, “bife, chutar e futebol”; do italiano, “maestro, piano e serenata”; e das línguas orientais, “bambu, chá e quimono”.
Essa miscigenação resultou na língua portuguesa que falamos hoje e que, como toda língua viva, segue em constante transformação, adquirindo e criando novos vocábulos de acordo com a necessidade de seus falantes. (Mas vamos combinar que ‘cumbuca’ ainda é bem melhor que ‘bowl’, né?)