Nascido na Itália, no século 4, São Jerônimo foi um importante sacerdote da igreja católica por desenvolver funções como teólogo, historiador e, principalmente, tradutor. Pelo seu papel relevante na prática de tradução, foi escolhido o dia da morte de São Jerônimo, como o Dia Internacional do Tradutor, que acontece todos os anos no dia 30 de setembro.
Sua obra mais lembrada é a tradução da Bíblia do grego antigo para o latim, conhecida popularmente como Vulgata. Outros trabalhos de destaque são a tradução, diretamente do hebraico, do Velho Testamento para o latim, assim como a tradução de 39 sermões do apóstolo Lucas. O estudioso chegou a se mudar para a Palestina para aprimorar seus conhecimentos da língua hebraica e estudar os comentários judaicos sobre as escrituras religiosas, dando continuidade aos seus trabalhos, que se tornaram mundialmente conhecidos.
A homenagem a São Jerônimo surgiu como uma ideia da International Federation of Translators (FIT – Federação Internacional de Tradutores, em tradução livre), que instaurou a data em 1991. Em maio deste ano, a ONU aceitou a proposta e reconheceu a data oficialmente. O gesto da organização confirma a importância da profissão exercida por São Jerônimo. Mesmo passados 17 séculos desde sua morte e com todas as evoluções tecnológicas ocorridas desde então, trata-se de um trabalho que depende essencialmente da habilidade e compreensão humana.
A International Federation of Translators, que atualmente representa 35 mil intérpretes e tradutores, criou o Dia Internacional do Tradutor.
Para celebrar o dia, a FIT escolhe todos os anos um tema e convida seus associados a celebrar a data por meio de uma competição. Os interessados (indivíduos ou instituições) em participar precisam criar um pôster que aborde o tema escolhido no ano. Em 2017, o tema eleito foi Translation and Diversity (Tradução e Diversidade, em tradução livre) e os vencedores ainda não foram anunciados. No site, a instituição declara que “a diversidade cultural está intimamente relacionada à diversidade linguística. Perder nosso idioma significa perder parte de nossa identidade cultural. A tradução é importante tanto para manter quanto para aprender uma cultura”.