No último dia 5, o Parlamento Europeu aprovou a implantação de um novo sistema de entrada no continente. Turistas brasileiros e de outras 60 nacionalidades precisarão preencher um formulário online para emitir autorização prévia de visita. Com o cadastro aprovado, o documento, que será enviado por e-mail, terá validade de três anos e custará 7 euros (cerca de 32 reais). Menores de 18 anos e maiores de 70 estão isentos da cobrança.
As novas regras passaram com folga na votação: foram 494 votos a favor, 115 contra e 30 abstenções. Batizado de Etias (Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem), as normas, antes de entrarem em vigor, terão de ser formalmente adotadas pelo Conselho de Ministros da União Europeia e publicadas em Diário Oficial. A iniciativa tem dois objetivos maiores: a prevenção do terrorismo e a inibição da migração irregular.
Para o cadastro, os candidatos precisarão ceder dados como data de nascimento e nacionalidade, além de um histórico de antecedentes criminais. Crimes graves como assassinato, tráfico humano e exploração sexual deverão ser comunicados e poderão representar a reprovação da autorização de visita. O histórico de viagens e a permanência em áreas de conflito são outros dados que deverão ser reportados. Se algum indivíduo apresentar sinal de risco, poderá haver uma segunda análise e até uma entrevista.
Por estar fora do Espaço de Schengen, o Reino Unido não adotou este procedimento. Os países que fazem parte do Espaço Schengen e que pedirão o Etias são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Polônia, Portugal, República Tcheca, Suécia e Suíça, e outros quatro países da União Europeia, Romênia, Bulgária, Croácia e Chipre.